O Censo 2022 do IBGE revelou um dado preocupante em Hortolândia (SP): 96 meninas entre 12 e 14 anos já são mães. O número representa um aumento de 500% em comparação ao Censo de 2010, que registrava apenas 16 casos nessa faixa etária.


Municípios da região também registram alta

A tendência se repete em outras cidades da Região Metropolitana de Campinas.

  • Em Sumaré, os casos subiram de 50 para 73.
  • Em Santa Bárbara d’Oeste, o número passou para 21 adolescentes com filhos.
  • Apenas Nova Odessa não registrou nenhum caso de maternidade nessa faixa etária.

Gravidez precoce expõe jovens à exclusão e pobreza

Especialistas alertam: a gravidez precoce pode levar ao abandono escolar, à exclusão do mercado de trabalho e à perpetuação da pobreza. O dado reflete não apenas uma questão de saúde, mas também de vulnerabilidade social.

Em Hortolândia, o aumento expressivo destaca a falta de políticas públicas eficazes. É urgente investir em educação sexual, acesso a métodos contraceptivos e atendimento psicológico e médico especializado.


Ações integradas são essenciais

Segundo profissionais da saúde e da assistência social, a integração entre escolas, postos de saúde e serviços sociais é fundamental. Essas ações podem prevenir novas gestações precoces e oferecer o apoio necessário às jovens mães.

Além disso, a informação acessível e o acolhimento humanizado são pontos-chave no combate ao problema, que já afeta dezenas de adolescentes em situação de extrema vulnerabilidade.