
Reajuste beneficia mais de 70 categorias profissionais e garante aumento acima da inflação
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sancionou a nova lei que aumenta o salário mínimo paulista para R$ 1.804. A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira (03/06) e passa a valer imediatamente.
O novo piso representa um reajuste de 10% em relação ao valor anterior, de R$ 1.640, e está 18,84% acima do salário mínimo nacional, que atualmente é de R$ 1.518. Desde 2022, o aumento acumulado do piso estadual soma 40,5%, contra uma inflação de 15,1% no mesmo período, segundo o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).
Quem tem direito ao novo salário mínimo paulista?
O piso estadual de São Paulo abrange mais de 70 categorias profissionais, incluindo trabalhadores com menor qualificação, do setor de serviços e da indústria. Veja a seguir quem está incluído:
- Trabalhadores domésticos
- Cuidadores de idosos e de pessoas com deficiência
- Serventes, contínuos e mensageiros
- Trabalhadores agropecuários, florestais e pescadores
- Auxiliares de serviços gerais, limpeza e conservação
- Empregados do comércio, indústria e serviços administrativos
- Motoboys, cumins, lavadeiros e barboys
- Trabalhadores de minas, pedreiras e movimentação de cargas
- Operadores de máquinas agrícolas, florestais e da construção civil
- Carteiros, classificadores de correspondência e tintureiros
- Profissionais de beleza: barbeiros, cabeleireiros, manicures e pedicures
- Vendedores, garçons, barmen e cobradores de transporte coletivo
- Pedreiros, pintores, encanadores, soldadores e montadores
- Ceramistas, fiandeiros, tecelões e tingidores
- Costureiros, estofadores e trabalhadores de curtume
- Joalheiros, ourives e operadores de máquinas de escritório
- Digitadores, datilógrafos, telefonistas e operadores de telemarketing
- Atendentes e comissários de transporte de passageiros
- Técnicos de redes elétricas e telecomunicações
- Ajustadores, montadores de máquinas e supervisores industriais
- Profissionais de saúde, turismo e hospedagem
- Administradores agropecuários, agentes técnicos e representantes comerciais
- Operadores de som, rádio, TV e projeção cinematográfica
Reajuste garante ganho real aos trabalhadores
A nova lei também inclui os cuidadores de pessoas com deficiência, que passaram a ser contemplados após proposta da Assembleia Legislativa (Alesp). Em 2023, os cuidadores de idosos já haviam sido incorporados à lista.
O reajuste traz ganho real de renda para os trabalhadores paulistas. Isso porque supera a inflação acumulada dos últimos 12 meses, estimada em 4,77%. É a terceira vez consecutiva que o aumento do piso estadual supera o índice inflacionário.
Piso estadual é referência desde 2007
Criado em 2007, o salário mínimo paulista serve como uma referência para categorias que não têm piso definido por convenção coletiva. Os valores são definidos com base no custo de vida no estado e nas condições do mercado de trabalho local.
A partir de 2023, a Alesp e o governo estadual unificaram o valor do piso para as categorias elegíveis, facilitando a aplicação da política salarial em todo o território paulista.