
A cidade de Hortolândia foi selecionada para participar de um projeto-piloto que visa combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, por meio do uso de armadilhas com larvicida. A iniciativa, desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, está sendo implementada em diversas cidades do país.
Ao todo, 600 armadilhas foram enviadas para Hortolândia, onde equipes da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) receberam treinamento para utilizá-las. Nesta primeira fase, os dispositivos serão instalados em residências do Jardim São Sebastião, bairro escolhido devido ao alto número de casos de dengue.
Como funcionam as armadilhas?
O projeto consiste na instalação de Estações Disseminadoras de Larvicida (EDLs), que utilizam baldes com água e telas de feltro impregnadas com micropartículas do larvicida. Quando a fêmea do Aedes aegypti entra na armadilha para depositar seus ovos, a substância adere ao seu corpo. Ao sair, ela dissemina o larvicida em outros criadouros próximos, impedindo o desenvolvimento das larvas.
“O produto tem um alcance de até 300 metros, distância média percorrida pelo mosquito para encontrar novos criadouros”, explica Evandro Alves Cardoso, veterinário da UVZ.
Cuidados e orientações
As armadilhas são posicionadas no chão ou em locais elevados a até 1,5 metro do solo, para acompanhar o comportamento do mosquito, que costuma voar nessa altura. Os agentes de saúde instruem os moradores sobre a importância de verificar semanalmente o nível da água na armadilha e repor caso necessário.
Além da instalação, as equipes entregam folhetos informativos e reforçam medidas preventivas para evitar a proliferação do Aedes aegypti.
Uma parte das armadilhas será mantida em reserva técnica, permitindo substituições caso necessário. O projeto segue em fase de testes e pode ser ampliado futuramente, dependendo dos resultados obtidos na cidade.